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CENTRO DIA DA APAE DE MONTES CLAROS - APAE


CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DE MONTES CLAROS - APAE

 MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS

 

OBJETIVO:

Promover a autonomia e a melhoria da qualidade de vida de 60 pessoas com deficiência e idosas com dependência, seus cuidadores e suas famílias, no Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias - Centro Dia da Apae de Montes de Montes Claros, ampliando a rede de pessoas com que convive e compartilha vivências.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Prevenir o abrigamento e a segregação dos usuários do serviço, assegurando o direito à convivência familiar e co
  • Desenvolver ações especializadas para a superação das situações violadoras de direitos que contribuem para a intensificação da dependência;
  • munitária;
  • Promover o desenvolvimento de autocuidados;
  • Contratar profissionais para desenvolver as oficinas junto aos usuários e auxiliar nos cuidados diários, de acordo às necessidades de cada usuário.
  • Adquirir materiais de consumo a fim de contribuir para as ações do serviço.

 

PÚBLICO ALVO

60 jovens, adultos e idosos com deficiência com dependência, seus cuidadores e suas famílias.

 

ÁREA DE ABRANGÊNCIA

A abrangência do serviço de proteção social especial para pessoa com deficiência e suas famílias é no território do município de Montes Claros e será realizado na unidade Centro Dia da Apae de Montes Claros e espaços comunitários locais.

 

METAS

60 acolhida de famílias com pessoa com deficiência no serviço, com escuta qualificada, visita domiciliar, elaboração de PDU e PAF.

12 oficina de convivência com grupos de famílias, com atendimentos coletivos..

24 oficinas de cuidados, autocuidados, com grupos de pessoas com deficiência em situação de dependência.

24 oficinas de convivência e socialização com grupos de pessoas com deficiência em situação de dependência.

 

METODODOGIA

O atendimento/acompanhamento socioassistencial especializado para 60 pessoas com deficiência e sua família se dará no espaço Centro Dia da Apae de Montes Claros, com algum grau de dependência, e refere-se aos cuidados básicos essenciais para a vida pratica e instrumentais de autonomia e participação social a partir de um conjunto de atividades contemplando as dimensões individuais e coletivas.

O conjunto de atividades que compõe o serviço será ofertado por uma equipe multiprofissional, conforme quadro de recursos humanos abaixo, a saber:

  • Acolhida e escuta qualificada, por meio de protocolos próprios de acolhida e entrevista social, para atendimento inicial e escuta das demandas trazidas pela pessoa ou família;
  • Parecer e Estudo de caso, por meio de protocolos próprios, para manifestação de opinião técnica e apresentação do caso aos demais profissionais da equipe, com vistas a construir coletivamente a proposta de intervenção;
  • Elaboração de Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar, por meio de protocolos próprios, Plano de Desenvolvimento do Usuário – PDU e Plano de Acompanhamento Familiar – PAF, com o conjunto de intervenções propostas a serem desenvolvidas de forma continuada, considerando as particularidades e o protagonismo de cada indivíduo e sua família;
  • Oficinas e atividades coletivas de convívio e socialização, organizadas por ambiências de vivencias, corpo e movimento e artes e expressão, para ampliar o universo informacional, cultural e social dos usuários, e espaços de expressão, troca de experiências, discussão e reflexão, descoberta e intensificação de recursos e potencialidades, além do fortalecimento da autoestima e identidade;
  • Orientação sobre acesso ao BPC;
  • Orientação sobre o acesso a outros benefícios;
  • Orientação e apoio para obtenção de documentação pessoal;
  • Orientação para realização de cadastro no Cadúnico;
  • Dentre outros.

 

A oficina é utilizada como dinâmica de grupo no trabalho social do serviço, sendo focalizada em torno da deficiência. Cada encontro do grupo é estruturado em três momentos. Momento inicial, que prepara o grupo para o trabalho do dia, podendo se utilizar técnicas lúdicas e de relaxamentos ou de sensibilização. Momento intermediário, que envolve o grupo nas atividades propostas. Momento de sistematização, que desenvolve o conhecimento, crescimento e participação.

Na ambiência de vivencias as oficinas buscam o desenvolvimento de atividades de vida pratica nas tarefas do cotidiano.

Na ambiência de corpo e movimento as oficinas buscam estimular e promover o conhecimento do corpo físico, motor, sensorial, emocional e sentimental dos usuários, conhecer e explorar suas possibilidades de movimentos e expressões, ampliando o repertório de linguagem a partir do próprio corpo e das possibilidades de comunicação que cada indivíduo possui, contribuindo no processo de valorização da autonomia e desenvolvimento pessoal, social e afetivo.

Na ambiência de arte e expressão as oficinas buscam ampliar a consciência corporal, proporcionando a reabilitação que lhe dê condições de conviver e interagir com o meio familiar e social em que esta inserido, aliviando o stress emocional, combatendo problemas de ordem fisiológicas e posturais, elevando a autoestima, favorecendo a construção de relações interpessoais.

O trabalho desenvolvido com os usuários nas ambiências busca garantir os cuidados básicos e instrumentais de autonomia, convivência e participação social:

  • Acompanhamento e assessoramento em todas as atividades do serviço; 
  • Apoio na administração de medicamentos indicados por via oral e de uso externo, prescrito por profissionais; 
  • Apoio à ingestão assistida de alimentos; 
  • Apoio na realização de higiene e cuidados pessoais; 
  • Realização de ações preventivas de acidentes; 
  • Realização de atividades recreativas de acordo com as possibilidades;
  • Colaboração nas práticas indicadas por profissionais (fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeutas ocupacionais, dentre outros); 
  • Difusão de ações de promoção de saúde e inclusão social;
  • Acompanhamento nos deslocamentos e locomoção do seu cotidiano do Centro-Dia e nas atividades externas do serviço;
  • Orientação e apoio aos cuidadores familiares;
  • Promoção de convívio e de organização da vida cotidiana;
  • Desenvolvimento do convívio familiar, grupal e social;
  • Promoção e apoio nos cuidados pessoais;
  • Acesso à informação, comunicação e defesa de direitos;
  • Orientação e encaminhamento para outros serviços da rede no território;
  • Orientação sociofamiliar;
  • Apoio e orientação à família na sua função protetiva;
  •  Apoio e orientação aos cuidadores familiares para a autonomia no cotidiano do domicílio e na comunidade;
  • Apoio na identificação de tecnologias assistivas de autonomia no serviço, no domicílio e na comunidade;
  • Mobilização de família extensa ou ampliada;
  • Mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio;
  • Mobilização para o exercício da cidadania e participação associativa;
  • Acesso a documentos pessoais;
  • Orientação sobre acesso a Benefícios Eventuais, ao BPC, ao Cadastro Único de Programas Sociais;
  • Apoio e orientação nas situações de negligência, abandono, maus-tratos;
  • Apoio ao associativismo e participação social.

O ponto de partida do atendimento ao usuário no Centro-Dia é a acolhida e a escuta qualificada para a construção conjunta do Plano Individual e/ou Familiar de Atendimento, onde serão pactuadas ações, expectativas e estratégias de trabalho, tais como:

  • As prioridades a serem consideradas no atendimento;
  • As atividades a serem desenvolvidas conjuntamente;
  • As condições de acesso ao serviço do usuário;
  • Os dias da semana e a quantidade em horas de permanência do usuário no serviço;
  • Os compromissos das partes envolvidas;
  • As capacidades e ofertas disponibilizadas pelas partes;
  • As dificuldades para oferta do serviço a serem superadas conjuntamente;
  • Os objetivos do serviço com o usuário;
  • Os resultados esperados; e
  • A forma de acompanhamento dos resultados.  

O Plano Atendimento Individual ou Familiar será construído a partir de instrumentos orientadores importantes para atuações entre o serviço e o usuário (pessoa com deficiência e sua família), no qual serão estabelecidas garantias, deveres, rotinas e resultados a serem alcançados individual e coletivamente com a oferta do serviço. Para melhor definição deste, há possibilidades de realização de visitas da equipe do serviço ao domicílio do usuário e de convite à família para visitas ao Centro-Dia como oportunidades favoráveis à convivência, troca de informações e orientações sobre estratégias de autonomia do usuário e do seu cuidador familiar.

Os Planos têm, portanto, a função de instrumentalizar e organizar a atuação interdisciplinar no Centro-Dia de Referência delineando operacional e metodologicamente, o caminho a ser seguido por todos os profissionais. Além disso, trata-se de um instrumento de gestão e monitoramento, acompanhamento e avaliação dos resultados. Neste sentido, não é um documento estático, mas uma ferramenta que pode propiciar a dinamicidade, reformulações e aprimoramento, baseados nas intervenções realizadas, nos resultados alcançados e no processo vivenciado por cada indivíduo e/ou família.  

Os resultados alcançados no decorrer do atendimento/acompanhamento será baseado na qualidade de vida da pessoa com deficiência, que é um fenômeno pluridimensional, composto por dimensões centrais que constituem o bem estar pessoal. As dimensões que compõe a qualidade de vida da pessoa com deficiência são o desenvolvimento pessoal, a autodeterminação, direitos, bem estar físico, bem estar emocional, bem estar material, inclusão social, e relações interpessoal.

Todas as atividades no serviço serão realizadas por uma equipe multiprofissional, multidisciplinar e de atuação interdisciplinar, sob distintas metodologias de escuta e expressão das relações (reuniões, leituras, vídeos, música, grupos focais, atenção individualizada, atividades em oficinas diversificadas como, música, teatro, atividades com água, esporte e lazer, dentre outras), não apenas nos espaços físicos da unidade, mas envolvendo o domicílio, o bairro, a comunidade, clubes, cinemas, praças, entre outros espaços, com o objetivo de promover:

 

  • Convivência familiar, grupal e comunitária, fortalecimento de vínculos e cuidados pessoais;
  • Ampliação das relações sociais para evitar o isolamento social;
  • Identificação de tecnologias assistivas de autonomia e convivência no Centro Dia, no domicílio e na comunidade;
  • Inclusão em outros serviços no território (educação, consultas, reabilitação, odontologia, atividades culturais, de esporte e lazer) acesso a benefícios (BPC, Bolsa família) e benefícios eventuais;
  • Orientação e apoio aos cuidadores familiares;
  • Produção de conhecimentos de referência para o SUAS.

 

Para o desenvolvimento das atividades serão utilizados protocolos técnicos de assistência social: acolhida, entrevista social, parecer social, plano de desenvolvimento do usuário, plano de acompanhamento familiar e plano diário de oficina, que aferirão o cumprimento das metas.

A equipe de referência é responsável pelo planejamento, gestão, execução, acompanhamento e monitoramento do serviço e avaliação de resultado, tendo como princípio a identificação de competências da equipe, sendo: O Coordenador com formação de nível superior com conhecimento do Sistema Único de Assistência Social; conhecimento e competências técnicas na área da pessoa com deficiência; habilidades de escuta e liderança de equipes. Os técnicos de nível superior, a saber, 01 Psicólogo, 01 Assistente Social e 01 Terapeuta Ocupacional,com conhecimento do SUAS e habilidades de escuta e atuação em equipes interdisciplinares, serão responsáveis em participar da elaboração do Plano de Trabalho da Unidade; Elaboração do Plano Individual  do Usuário e Plano de Atendimento Familiar; definir metodologias e técnicas de trabalhos multidisciplinares de atenção individualizada, grupal ou coletiva e propor instrumentais facilitadores da organização do serviço; orientar e apoiar os profissionais cuidadores familiares; elaborar relatórios; estabelecer processos de acompanhamento e avaliação de resultados; realizar visitas domiciliares; articulação com Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS e com demais serviços do SUAS e da rede local. Os profissionais de nível médio na função de Educador Social e monitor do Serviço Socioassistencial com habilidades para lidar com diferentes formas de comunicação e com consciência lógica da oferta de cuidados na perspectiva do direito e não da caridade,  atuando sob a orientação da equipe do serviço, com atividades  envolvendo distintos ambientes, com o objetivo de vivenciar situações que resultem orientações sobre cuidados e autocuidados.

 

FUTURO DO PROJETO

           O Serviço de Proteção Social Especial para pessoas com Deficiência, idosas e suas famílias no Centro Dia da Apae de Montes Claros será realizado através Captação de Recursos via telemarketing, campanhas, eventos, parcerias com Empresas Privadas,   Editais específicos, Chamamento público das esferas municipal, estadual e federal considerando a essência da mesma.

TERMO DE FOMENTO 50/2018